A entrevista foi realizada no dia 28/02/2011 pelo site ATL METAL. Segue ai traduzida por mim @thiago_tenso e pela carismática @freaxxxin.
AtlMetal: Fale sobre sua experiência tocando no ‘No Sleep Til’ (um dos maiores e mais prestigiado evento de música na Austrália)... E a tour com grandes bandas.
Winston: Essa tour foi insana! Várias bandas incríveis, vários amigos, basicamente a melhor forma de começar o verão. Pude fazer um grande show no palco e assistir as bandas The Descendents e NOFX, foi maravilhoso. Além disso, tocamos com a banda GWAR que encharcava o palco com uma mão de mentira e sangue falso. Bons tempos.
AtlMetal: Falando nisso, qual banda você gostaria de sair junto para uma tour?
Winston: Bad Religion and the Gaslight Anthem. Eu sei que nossos sons não são nada parecidos, mas eu amo essas bandas. Apenas a chance de vê-los tocar alguma noite seria incrível.
AtlMetal: Eu sei que você fez uma tour com a banda Killswitch Engage em 2007 e Adam Dutkiewicz (guitarrista da banda Killswitch Engage) produziu seus dois últimos discos, então, você acha que as duas bandas estarão em uma tour juntas em breve?
Winston: Não tenho certeza, Killswitch ainda está em turnê? Eu penso que há mais chances da Parkway Drive fazer uma tour com a banda Times Of Grace (projeto paralelo do Adan Dutkiewicz). De qualquer forma ficaríamos muito felizes de dividir o palco com o Adan novamente. Ele é um cara legal.
AtlMetal: Você prefere tocar em festivais grandes ou pequenos, ou locais mais reservados?
Winston: Ambos. É como comparar maçãs e laranjas, ambos são grandes, mas de gosto diferente. Tocar em um palco gigante para um mar de pessoas é indescritível, mas ao mesmo tempo, não há nada como um local pequeno, com pessoas suadas que voam de qualquer lugar. Acho que estamos com sorte suficiente para ser capaz de fazer os dois.
AltMetal: Como a música de vocês evoluíram depois que começaram a tocar juntos?
Winston: Nós não forçamos um progresso, ele aconteceu naturalmente, aprendemos ao longo da vida da banda. Nós gostamos da música que nós escrevemos e tentamos mantê-la interessante e desafiadora para nós tocar, mas não estamos lá fora tentando reinventar a roda, nem nada. Em geral, é um caso de pequenos refinamentos e gosto pessoal que leva a pequenas mudanças que fazemos. Tipo mais rápido, mais pesado, mais cativantes. Isso funciona para nós também.
AltMetal: O que fez o resto da banda escolher os instrumentos que eles têm agora?
Winston: Jeff toca guitarra porque ele ama Metallica. Pig toca guitarra porque ele aprendeu power chords na escola e pensou que fez dele um punk. Gaz toca bateria, porque ele tem transtorno de déficit de atenção e ama ser o mais barulhento de todos. Jia toca baixo, ou não, na verdade ele não toca, ele ainda continua uma porcaria. E eu grito, porque não há lugar para uma gaita na banda. Nós não misturamos muito, principalmente porque temos a sorte de podermos tocar qualquer coisa, deixando de lado um segundo instrumento.
AltMetal: Tem alguma chance de vocês regravarem algumas canções antigas como vocês fizeram com ‘Hollow (Man)’?
Winston: Talvez, nunca se sabe. Hollow era uma espécie de reescrita ao invés de uma regravação, mas nunca se sabe.
AltMetal: Que gravações você tem realmente gostado ultimamente?
Winston: Trapped Under Ice – Secrets of the World, 50 Lions – Time is The Enemy, Mother of Mercy, Symptoms of Existence, Sufjan Stephens – Age of Adz.
AltMetal: Você acha que é difícil como um músico para se divertir no show de outra pessoa, sem analisar tudo na sua cabeça?
Winston: Às vezes. Depende de quem você está assistindo. Se é uma banda que eu sou apaixonado em primeiro lugar, é muito fácil se perder no momento. Se é algo desconhecido, pode ser difícil apenas ouvir e não analisar.
AltMetal: O que você mais gosta de fazer quando você não está tocando ou trabalhando em sua música? Eu sei que voce gosta de praticar bodyboard quando voce volta pra casa.
Winston: Sim, a praia. Para mim, é minha família e a praia. Ambos são coisas que eu mais sinto falta em turnê. Também, dormir na mesma cama por mais de uma noite.
AltMetal: Qual tem sido seu país favorito pra fazer turnê?
Winston: Austrália. Melhor país do mundo.
AltMetal: Onde você vê o papel do Parkway Drive na cena do hardcore mundial?
Winston: Eu não tenho idéia. Somos um tipo de nômades. Nômades se parecem muito com com a gente, mas tenho certeza que assim como muitos, pensariam que nós somos idiotas. Para mim, ainda amo e me preocupo com hardcore. Será sempre uma parte da minha vida. Se as pessoas pensam que é representada através do Parkway, é com elas, mas é assim que fica para mim.
AltMetal: Quais foram algumas de suas inspirações para escrever Deep Blue?
Winston: A vida e o mundo em que vivemos. Liricamente, era uma combinação do mundo que tenho visto, encontro do mundo que eu conheço e o que cresceu, e o impacto que provoca a colisão os dois.
AltMetal: Que música mais mudou durante o processo de gravação do Deep Blue?
Winston: Hahaha, essa é uma estranha pergunta para responder. Unrest, porque é a ÚNICA canção que mudou, e tudo o que aconteceu foi que nós adicionamos uma barreira no ultimo breakdown. Isso é literalmente a única mudança que fizemos até chegar no produto final.
AltMetal: Última pergunta, escolha duas canções, uma do Parkway Drive, que você queira que os novos fãs ouçam depois de ler esta entrevista. E uma música de qualquer banda / gênero.
Winston: Karma. Foi a última canção que escrevemos para o Deep Blue e eu adoro ela. A outra musica: Bad Religion - Do What You Want. Essa música é responsável por eu ouvir punk em primeiro lugar. Foi incrível quando ela foi escrita e ainda me deixa empolgado.
AltMetal: Algumas últimas palavras para os fãs?
Winston: Obrigado, sempre grato.
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